terça-feira, 11 de novembro de 2008

Bohemian 'Episodes'

Vida de boêmio...
Me veio à cabeça uma questão que mesmo tentando manter a distância analítica do objeto (rá), acabo deixando escorrer um pouquinho de mim.
Existe uma diferença dramática entre vida de boêmio e vida de bêbado. Todo aquele glamour Bukowski-vinícius super cool hedonista, de onde surgem os mais belos poemas e músicas, sem falar nas pinturas, desenhos, teorias, enfim. Isso de fato é bonito pra caralho. Imagine acordar, olhar em volta e ver que a doideira tornou-se produtiva.

Mas e quando estamos puramente bêbados? Estamos embriagados na própria preguiça e improdutividade. Me digam para onde foi o glamour, as cenas degradantes, românticas e super cult que tendem a justificar muitas atitudes da geração "neo/beat/bourjois/porta de empório"?

Falar em fuga e escape é um argumento preguiçoso. É muito mais. Penso em alguma justificativa que não seja completamente cliché ou redundante. Posso ficar 'on and on' em cima das razões que levam ao desinteresse, à desconstrução, autodestruição-cool (termo inventado para designar os suicidas de fotolog - falaremos depois sobre eles).


A realidade em si é dura:
we must really like to party.